segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

7º Encontro Regional da Mulher EAA de Americana e Região


Dia 6/12, o SEAAC de Americana e Região promoveu debate sobre "O desafio das Mulheres em busca do seu Empoderamento", tema do 7º Encontro Regional da Mulher EAA, promovido pelo Sindicato em parceria com a FEAAC. A socióloga Daniela Carrara Sanches abriu o evento falando sobre as questões sociais que envolvem o tema. Já a diretora dos Sindicatos dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes, Maria Euzilene Nogueira (Leninha), contou como enfrentou os desafios para se tornar exemplo dentro do movimento sindical e pontuou questões históricas que levam a sociedade a adotar a desigualdade de gênero como postura. O encontro ocorreu no salão do NoHotel Premium, em Americana.

Para iniciar o evento, a presidenta do SEAAC, Helena Ribeiro da Silva, agradeceu a presença de todas as trabalhadoras e associadas, ressaltando que as conquistas alcançadas pelo SEAAC durante estes 22 anos de existência se deve à participação de todos os trabalhadores. Helena também incentivou as mulheres a buscar seu empoderamento. “Sabemos das dificuldades enfrentadas diariamente dentro e fora do ambiente de trabalho. Cabe a nós o papel de informá-las sobre o empoderamento, para que possam estar dentro do ambiente de trabalho, buscando cargos de comando ou novas oportunidades”, destacou a dirigente que também é diretora da Secretaria Geral da FEAAC e diretora da Secretaria Estadual de Políticas para Mulheres da Força Sindical SP.

Elizabete Prataviera, presidente do SEAAC de Campinas e Região e diretoria da Secretaria da Mulher da FEAAC, pontuou o objetivo dos Encontros Regionais da Mulher EAA, que é “conscientizar a trabalhadora que passa por diversas situações e explicar que ainda há muito a ser feito e que a mudança depende da iniciativa de cada um”. Elizabete também ressaltou que os Encontros servem de aprendizado para as dirigentes, que aprendem cada vez mais com os diferentes temas que são abordados.

A diretora da Secretaria da Mulher e integrante do Conselho da Mulher de Americana, Antonia Vicente Gomes agradeceu a oportunidade e disse ter aprendido a buscar saídas para os conflitos existentes devido à desigualdade, além de construir uma nova história.

INTRODUÇÃO – a socióloga Daniela explicou que era preciso entender o significado do termo empoderamento – palavra em inglês ‘empowerment, que quer dizer dar poder a alguém – traduzido para o português no sentido transformador pelo educador Paulo Freire. “Empoderar-se é reconhecer a história das mulheres, estabelecer o porquê das diferenças entre homens e mulheres, tomar conhecimento e refletir para construir novos padrões. Significa transformar, buscar autonomia e decisões. É querer fazer alguma coisa que você busca para si”, explicou a socióloga.

Daniela finalizou destacando as dificuldades que as mulheres encontram para fazer parte política, em ser uma presidenta ou ter um cargo de evidência. “É importante ouvir as mulheres e respeitar as suas escolhas como um caminho para a liberdade e autonomia. Por meio do diálogo social e de conhecimentos, estaremos despertando para a busca de nossos direitos e lutaremos incessantemente para mudar os conceitos atuais.”

EXEMPLO - a diretora do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo (maior da América Latina), Maria Euzilene Nogueira, também iniciou sua palestra ressaltando a presença dos homens. A dirigente contou sua história de vida, desde quanto ainda era criança no Ceará e trabalhava na roça, tendo seu pai como modelo de determinação e coragem, até quando conquistou a oportunidade de ser diretora no Sindicato.

O foco da palestra foi de conhecer a história das mulheres, para resignificá-la, desconstruindo a condição de desigualdade da mulher na sociedade atual, com o objetivo de ampliar a igualdade entre os gêneros, para garantir o fortalecimento da presença das mulheres nas múltiplas esferas da vida social – especialmente nos espaços de poder e decisão.

“A família passou por diversas mudanças e novos valores foram assumidos. Através deste contexto, vê-se a necessidade de descrever uma nova sociedade, entendendo os conflitos de gênero que regem os dias atuais e assumem contextos de violência dentro da estrutura familiar”, explicou Leninha.

Observando o cenário atual, Leninha disse que as mulheres ainda enfrentam a desigualdade entre o homem e a mulher na sociedade, mas houve mudanças que engajaram um novo espaço que agora está sendo trilhado. “Antes a mulher não trabalhava, tomava conta dos filhos e da casa, enquanto o homem fazia o trabalho pesado. Hoje as mulheres votam e trabalham nas mais diversas atividades que antes não eram permitidas, ajudam na construção da sociedade e nas decisões políticas.”

Para a palestrante, embora a mulher tenha dado um grande passo em busca de seus propósitos, ela ainda sofre com a discriminação e com a violência. “Antes ela se mantinha calada, mas muitas mulheres passam a conhecer as leis e buscam sua proteção através de seus direitos. Sintetizando podemos dizer que a mulher buscou o seu espaço na sociedade e na sua vida pessoal, assegurando uma nova história, que custou a vida de muitas mulheres que ousaram fazer a diferença.”
Fonte/Fotos: FEAAC

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